quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Lendo um blogger me deparei com essa carta... o mais engraçado que só reparei que não era aqui do Brasil quando li até o final....“Fala o Leitor: Direitos dos doentesSr. Director, Imagine que está numa cama de um hospital e ouve dizer para o doente que está ao seu lado: hoje não vamos poder levantá-lo da cama porque não temos profissionais em número suficiente para o fazer. Nem hoje nem amanhã, porque é fim-de-semana, e ao fim-de-semana todo o hospital funciona com menos profissionais, mesmo que isso signifique que acorde na segunda-feira cheio de dores articulares e com mais secreções nos pulmões devido ao tempo que ficou deitado e imobilizado. E que signifique que terá de permanecer mais tempo no hospital porque a sua pneumonia demorou mais tempo do que o previsto a ser tratada. Imagine que está numa cama de um hospital e que ouve uma conversa entre dois enfermeiros acerca da má qualidade dos materiais, que tem de sofrer várias picadelas no braço porque os cateteres para administrar a medicação que precisa foram adquiridos a um baixo custo. Imagine que na passada semana foi vítima de dois banhos de urina porque os sacos colectores de urina são demasiado frágeis!Imagine que no meio deste cenário alguém comenta à sua frente que leu no jornal “Sol” ainda em Agosto, que este hospital “fechou 2008 com um resultado líquido de um milhão de euros”. Mas será possível pensa você, resultado líquido? Ah claro, é possível, ainda há poucos dias ouviu alguém comentar que só cerca de meio milhão de euros devem os HUC aos enfermeiros em trabalho extraordinário, programado ilegalmente!Ainda bem que estou em coma, é o que lhe ocorre, se estivesse acordado teria de correr ao gabinete do utente a apresentar uma reclamação. Não pelas horas que devem aos enfermeiros, isso pouco lhe importa, mas por o hospital estar a reduzir o número de enfermeiros por turno, para assim ver se paga o que não quer pagar em dinheiro. O problema é que está a pôr em causa os seus cuidados de saúde! E na pneumonia do meu vizinho ninguém pensa? Ás vezes até lhe apetecia acordar do coma e voltar para a sua vida antiga, mas com as notícias que se ouvem no mundo real, quem tem vontade de acordar? O duro é viver o resto da vida com a culpa de ter convencido o filho a escolher a profissão de consultor financeiro. Não há dúvida que melhor emprego não podia haver, tem a vida feita o rapaz, o problema é viver com as consequências! Moralmente não deve ser fácil imaginar a angústia das pessoas que vai despedindo, tantas vidas destruídas. Porque um consultor financeiro para reduzir custos numa empresa tem de cortar invariavelmente nos recursos humanos. Com que benefício afinal em empresas o ramo da saúde? Será que esta crise mundial não será um aviso de que algo não está a funcionar bem? Só espero que o meu filho não tenha vindo fazer consultadoria para os HUC, morria de vergonha se alguém viesse a saber. Se ao menos ele me viesse visitar… Joaquim Silva – Coimbra”http://osabordapalavra.blogspot.com/Mera semelhança... afinal fomos colônia de Portugal...

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